No mês de novembro a saúde do homem recebe destaque, isso pois o câncer de próstata é a segunda neoplasia maligna mais comum no mundo, com incidência estimada de 1.276.106 casos no ano de 2018, sendo a quinta maior causa de morte desse grupo, com total de 358.989 óbitos esperados para esse mesmo ano.
O emprego de políticas de rastreamento precoce, com conhecimento da realidade da população brasileira, se faz extremamente necessário, pois visa a redução de diagnósticos em casos de estadios clínicos mais avançados do câncer de próstata e da redução da sua mortalidade.
Estudos apontam que rastreamento para o câncer de próstata mostrou vantagem do ponto de vista da custo-efetividade e da custo-utilidade quando comparado à população não rastreada. Mesmo com o custo da incorporação de novas tecnologias, como a cirurgia robótica, a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a ablação prostática com o High Intensity Focused Ultrasound-HIFU também evidenciou suas vantagens em custo-efetividade, custo-utilidade e custo-minimização.
A demanda a utilização de grande parte dos recursos despendido no desfecho do tratamento de câncer de próstata metastático já seria suficiente para o rastreamento e a detecção precoce.
Ficando a dúvida e a necessidade de novos estudos para determinação de qual é o público-alvo adequado para realizar rastreamento na população brasileira? Sabe-se que o diagnóstico precoce é o melhor meio de reduzir custo, acrescido pelos exames iniciais possuírem valor reduzido, tendo em vista o emprego de dosagem sérica de PSA total e toque retal.